quinta-feira, 19 de junho de 2008

Mesa Redonda Numero 01


Ser mãe e pai, num contexto de mudanças
Com a saída da mulher para o mercado de trabalho, muita coisa mudou. Não se sabe até que ponto a família ganhou com essa mudança, principalmente os filhos, que passaram a ter uma formação totalmente diferente de alguns anos atrás, quando a mulher até era a “dona da casa”, também conhecida como “a rainha do lar”.
A família é a base para a formação do caráter das pessoas. Em qualquer época, situação e cultura, ela sempre foi de fundamental importância para que os indivíduos encontrassem seu ponto de equilíbrio e definissem os seus papéis dentro da sociedade. A maneira com que uma pessoa se comporta, suas atitudes e a maneira de se relacionar com os outros depende diretamente do meio familiar no qual foi criada.
Ao longo dos anos, porém, a família vem mudando, ou melhor, as pessoas que dela fazem parte vêm desempenhando papéis diferentes daqueles que nossos pais desempenhavam quando nos criavam.
Trabalho em equipe
O tempo que era totalmente dedicado à administração do lar e à educação dos filhos ficou bastante reduzido, sobrando pouca disponibilidade para o diálogo, tão necessário. Neste ponto também o pai deve, na conjuntura atual, estar mais presente, dividindo com a mãe a complexa tarefa de orientar seus filhos. Ainda mais no mundo de hoje, quando os jovens sofrem tantos apelos da mídia e da sociedade consumista e modista em que vivem.
O papel da mulher como mãe continua o mesmo, de orientação e de criação de seus filhos. Mas a este somam-se tantos outros provenientes da sua posição profissional. Para conseguir dar conta de tantas atribuições e acompanhar essa mudança de papel dentro da sociedade, é necessário que seus companheiros (e também os seus filhos homens) evoluam no sentido de dividir tarefas e entender a importância do trabalho em equipe (por parte de todos os componentes da família, é claro).
Os homens de hoje não podem esperar que as mulheres se comportem como as suas mães, em relação ao convívio com seus pais. As mulheres, por sua vez, não podem criar seus filhos (principalmente os homens) como suas mães faziam.
Os filhos, que agora já não têm mais os cuidados maternos 24 horas por dia, devem preparar-se para uma vida mais independente, aprendendo a se virar desde cedo, mesmo porque, se tiverem irmãs, também mulheres modernas, estas não vão querer dar mole pra marmanjo.
Essa mudança de paradigmas não é fácil para nenhum dos dois (pai e mãe), mas com boa vontade e disposição pode-se encontrar a maneira certa de se conviver de acordo com as novas exigências. Muita coisa já mudou, mas muito ainda precisa mudar. Alguns homens (pais e filhos) já entenderam que é preciso cooperar com as tarefas domésticas, porém a maioria ainda se faz de desentendido ou ainda traz consigo aquela idéia bastante antiga de que só às mulheres competem esses afazeres e o cuidado com os filhos.
Educação diferente
Ao longo dos anos essa situação deve modificar-se e um grande número do gênero masculino deixe o machismo de lado e colabore de forma significativa com suas companheiras e suas mães. As mulheres também podem colaborar na medida em que começarem a educar seus filhos homens de forma diferente e não perpetuando convicções bastante antigas como as que vimos anteriormente. Elas não podem aceitar o que ainda vem acontecendo, em grande escala, nos dias atuais, quando estas têm jornada dupla de trabalho.
E os homens, por acaso, também não deveriam ser donos de suas casas e se sentirem igualmente responsáveis pela manutenção da mesma? Sim, porque quando a mulher não trabalhava fora, cabia ao homem apenas a manutenção no que diz respeito à parte financeira, pois as mães tinham todo o dia disponível para cuidar dos outros aspectos. Agora, quando elas têm as mesmas 24 horas para dividir entre tantas outras ocupações, cabe, como atitude mais plausível, a divisão de tarefas igualmente entre os membros da família, independente do gênero ao qual pertencem.
LEVANDO A BIBLIA AO SERIO É O LEMA QUE DEMOS AO NOSSO “Circulo Bíblico” que esta aqui brotando. Porque levar a serio? Porque a Bíblia está conosco 5 mil e tanto anos, e se queremos ser leal a ela devemos fazer um esforço maior para entender melhor o significado das palavras, a mensagem que ela quer passar para nós! Estamos apresentando material escrito por um tal Justino Martinez Perez que faz parte de um grupo de estudiosos da CEBI –Centro de Estudos Bíblicos – qual centro é espalhado pelo Brasil afora, e surgiu entre nós fruto da caminhada que a nossa Igreja fez aqui na América Latina fruto do Vaticano II,e outros grandes encontros na América Latina, ao qual fazem parte os melhores pensadores e teólogos que o Brasil já conhece. Vocês vão gostar.

Círculo Bíblico Número 01


Introdução

Nessas páginas, queremos aprofundar juntos a Palavra de Deus que a Bíblia nos comunica. A Bíblia vai ser o nosso espelho, onde contemplarmos o Rosto de Deus e, ao mesmo tempo, os dons e a missão que Deus colocou no coração de cada pessoa e comunidade.

Mutirão pela Vida

Quer ser um mutirão de mãos dadas, solidárias, amigas, irmãs, à procura de vida, de mais Vida para todos (Jo 10,10). Um contar com a ajuda do irmão, da irmã, de companheiros e companheiras de caminhada: algo assim como um verdadeiro “Circulo Bíblico” onde as pessoas se encontram para "cavar juntos esse poço e beber da Palavra". Quem não entende, pergunta e quem sabe alguma coisa, partilha. Juntos neste Blog vamos aprofundar a Palavra de Deus e iluminamos a Vida do dia-a-dia. Por isso, Mutirão pela Vida.

Um Novo Jeito de Lermos a Bíblia

Pretende ser também um novo jeito de ler a Bíblia: com olhar novo, com coração novo; com o olhar sempre novo e desafiador de Jesus que veio trazer a Boa Notícia para os pobres (Lc 4,16-30; 7,22) e com eles se identifica (Mt 25, 31-46). E tudo isso, para que aos últimos e pequenos, homens e mulheres, seja revelado o Rosto do Pai (Mt 11,25) com grande alegria para Jesus e para as comunidades que hoje seguem as pegadas de Jesus e assumem a sua prática e a sua missão. Grande desafio para todos nós!

TRÊS IMAGENS DA BÍBLIA

Em primeiro lugar, sabemos que a Bíblia não caiu do céu já prontinha e feita. Deus não entregou a Bíblia de presente, num pacote bem embrulhado, mesmo que poderia ter feito. Ele podia, mas não o fez. Tanto é assim que temos imagens bem diferentes da Bíblia e de como ela se formou. Vejamos algumas dessas imagens: três!

1. A Bíblia, fita de vídeo

A Bíblia seria como uma fita de vídeo dos acontecimentos todos desde o início da criação (Gênesis) até à Cidade Nova, o Novo Quilombo: a Nova Jerusalém (Ap 21-22).

A Bíblia toda seria um documento histórico, em primeiro lugar. Já houve pessoas que alertaram para esse tipo de leitura e a dificuldade para interpretar, do ponto de vista histórico, passagens do Êxodo ou Josué.
Dessa imagem ou de outras semelhantes, segue-se um jeito de interpretar a Bíblia: Pegar tudo ao pé da letra.
Muitas páginas já se escreveram sobre isso. Para algumas pessoas a dificuldade maior, na hora de interpretar a Bíblia, seria como saber quando pegar ao pé da letra - mesmo que a letra não tenha pé!- e quando não!

2. Bíblia vista como farmácia

A Bíblia é vista, às vezes, como uma farmácia. Chega lá e apenas olhar o título sobre a porta: Toda coisa lá dentro é a mesma coisa. Tudo, pra nós, é remédio, simplesmente remédio e mais nada. Pedimos o remédio que está na receita e acabou!
Fazendo assim, acaba-se matando a memória plural e popular de séculos de história; aquela memória de caminhada que o Povo de Deus nos deixou em herança.
A Bíblia é a rica experiência de um povo que estava convencido de que nos acontecimentos Deus estava moldando o seu destino. Deus lhe confia uma missão, com grande horizonte pela frente, mesmo que o povo mostre, às vezes, uma visão interesseira e curta.

3. Bíblia, "um pão muito grande!"

Algumas pessoas foram acostumadas a ler a Bíblia pegando um pedacinho cá, outro lá. Lêem apenas alguns trechinhos: Pegam pequenas migalhas, como se de um grande pão se tratasse!
Esta maneira de ler não é só de hoje. É muito antiga. Tem muitos admiradores. Quem gosta de ler só o Novo Testamento; outro só alguns trechos do Antigo Testamento. Outros preferem ler só o Apocalipse ou frases escolhidas por sorte, fechando os olhos... ou de qualquer outro jeito.
Contava-me um amigo. "Eu fecho os olhos, abro a Bíblia e lá vou eu!" Mas uma vez esse meu amigo abriu o Evangelho e pegou aquele trecho da morte de Judas: "... e Judas foi e enforcou-se!".
Acabada aquela leitura repetiu a dose e do mesmo jeito: fechou os olhos, se concentrou e abriu de novo o evangelho: pegou o finzinho de algo desconhecido: "Vá agora e faça a mesma coisa!".
Meu amigo tomou um susto tal que nunca mais repetiu a metodologia acostumada.
Você já contou história para criança começando pela metade? Você já escutou piada omitindo o final? E por que fazer isso com a Palavra de Deus?
Dessas várias imagens ou visões da Bíblia, seguem-se "leituras" e "práticas" pastorais concretas que não levam em conta toda a complexidade e riqueza da Palavra de Deus.
Aos poucos, vamos ver tudo isso. Fique acompanhando!

Justino Martínez Pérez


Após ter lido, uma ou duas vezes o artigo, gostaria de saber, para começar o nosso dialogo: (1) O que você achou de novo neste artigo, se na verdade achou algo novo! (2) Precisa alguma explicação de algumas palavras, frases, argumentos ou pensamentos?
Nós um grupo de jovens do Jardim Aclimação e Parque da Gávea, que pertencem a Paróquia
São Silvestre e já participamos na liturgia e na catequese, pela dificuldade que temos de achar tempo para encontra regularmente, e com o desejo que temos de um lado de aprofundar mais o conhecimento da Sagrada Escritura, e acompanhar a vida pastoral da Igreja - catequese, liturgia, documentos como de "Aparecida" ; e do outro lado de discutir os problemas que nos atingem como jovens, estamos criando este Blog que vai consistir de um "Circulo Bíblico" virtual e uma "Mesa Redonda" discutindo o mundo jovem e vida da Igreja!

Para o "Circulo Bíblico" estamos nos baseando no CEBI - Centro de Estudos Bíblicos que é ecumênico e ao qual fazem parte entre os teólogos e bíblicos brasileiros mais conhecidos e preparados. Esta caminhada bíblica baseada em cima de material publicado pelo CEBI é uma caminhada longa e sem muita pressa! Passando seis meses, passando um ano vamos perceber que valia a pena o nosso estudo da Sagrada Escritura através o nosso BLOG.

O mesmo aproveitamento pode ser feito participando na "Mesa Redonda" discutindo o nosso mundo - mundo jovem e vida da igreja - nos baseando como ponto de partida na revista que tem o mesmo nome "Mundo Jovem" publicada pela PUC de Ponto Alegre!
Vai funcionar assim: nós colocamos um artigo na mesa virtual, e o debate será aberto.
Claro o nosso "Blog" vai ser aberto a todos os internautas da nossa paróquia no primeiro momento, e assim aos todos os nossos amigos e amigas! A criatividade de cada um de nós será bem vinda.
Obrigado!